Sendo
considerado um dos maiores centros de lazer da região, o Parque Metropolitano
Lagoas e Dunas do Abaeté, localizado em Itapuã, é conhecido por suas dunas
brancas e sua lagoa grandiosa, atraindo turistas de diversos lugares.
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Foto por Google |
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A lagoa do
Abaeté, cujas áreas escuras cortam o parque, é um dos principais cartões
postais da cidade de Salvador. Suas águas, com diferentes níveis de temperatura,
são o resultado de antigos rios que corriam na região somado ao acúmulo de
águas da chuva, e estão rodeadas por um vasto areal branco, que criam um
contraste encantador (SEMA, 2013).
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Com o desenvolvimento da urbanização, as dunas foram diminuindo a
sua extensão no território e com isso, foram sendo criados mecanismos para a
sua proteção. Um desses mecanismos foi a criação, no dia 22 de setembro de
1987, da Área de Proteção Ambiental – APA das Lagoas e Dunas do Abaeté, a
partir do decreto nº 351, responsabilizando o INEMA para a realização da
fiscalização e supervisão da APA, harmonizando suas ações com as da Prefeitura
Municipal do Salvador e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
– IPAC.
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A área apresenta um ambiente típico de restinga com suas lagoas de
coloração escuras intercaladas por dunas de areia branca móveis, semimóveis ou
fixas, recobertas por vegetação arbórea, arbustiva e herbácea que desempenha um
papel relevante na fixação das dunas e proteção do sedimento contra a erosão. A
fauna se destaca com grande variedade de animais silvestres.
A vegetação do Parque Metropolitano do Abaeté é formada por espécies
predominantemente nativas, de porte variável, desempenhando importante papel
para a manutenção da fauna. Entre as espécies mais notáveis, destacam-se vários
tipos de orquídeas, algumas típicas do local, que se encontram em número muito
significativo na área. Além delas, são encontrados tipos de vegetação dispostos
nas mais diversas composições paisagísticas naturais.
A extensa cobertura vegetal, com mnchas por vezes
adensadas, é também fundamental à proteção das dunas e lagoas contra os agentes
erosivos. O entrelaçamento de raízes, floras e ramagens forma uma tela natural
de retenção da superfície de área das dunas e amortece os efeitos dos ventos
fortes e das chuvas torrenciais. A conservação dessa vegetação de restinga é
determinante para a sobrevivência de tão belo e frágil ecossistema.
Catalogação da Flora do Parque em junho de 2008
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Foto por SEMA |
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Neste ano, o
novo secretário de Finanças de Salvador, Mauro Ricardo Costa, descobriu
que, em 2009, a prefeitura desapropriou as Dunas do Abaeté pagando preço de condomínio de luxo aos antigos
proprietários. Eles receberam R$ 220 milhões em créditos fiscais, depois
vendidos a terceiros. Como reza o ditado baiano: “Pense num absurdo, na Bahia
tem precedente”. O prefeito ACM Neto enviou um processo para
anulação. O local é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e teve 915 mil
metros quadrados desapropriados em 2009, por R$ 265 o metro quadrado. Segundo
Costa, foi utilizada pela prefeitura uma avaliação de uma área próxima,
na Praia do Flamengo, loteada para casas de alto padrão e situada perto do mar.
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